Montag, 2. Dezember 2013

Wasserkraftwerke in Amazonien fördern indirekt die Abholzung


Laut einer Studie der NGO Imazon fördern die Wasserkraftwerke in Amazonien die Abholzung indirekt. Erst vor kurzem hat die brasilianische Regierung verlautbart, dass zwischen August 2012 und Juli 2013 die Abholzung in Amazonien um 28 % gestiegen ist.
Durch das Kraftwerk Belo Monte am Xingu-Fluss sollen während der nächsten 20 Jahre durch Zuzug von Siedlern sowie durch Agroindustrie 5.100 km² Urwald gerodet werden. Das wäre das zehnfache der überfluteten Fläche.
Am Tapajos-Fluss sollen durch die geplanten Kraftwerke 11.000 km² Urwald gefällt werden.

Interaktive Karte über weltweite Abholzung


BBC Brasil, 29 de novembro, 2013
Hidrelétricas 'impulsionam desmatamento indireto' na Amazônia
Ao defender a construção de hidrelétricas na Amazônia, o governo federal costuma citar o argumento de que essas usinas são menos poluentes e mais baratas que outras fontes energéticas capazes de substituí-las.

Entre ambientalistas e pesquisadores, porém, há cada vez mais vozes que contestam a comparação e afirmam que o cálculo do governo ignora custos e danos ambientais indiretos das hidrelétricas. Para alguns, esses impactos colaterais influenciaram no aumento da taxa de desmatamento da Amazônia neste ano.
Há duas semanas, o governo anunciou que, entre agosto de 2012 e julho de 2013, o índice de desflorestamento na Amazônia cresceu 28% em relação ao mesmo período do ano anterior, a primeira alta desde 2008.

Paulo Barreto, pesquisador sênior da ONG Imazon, atribui parte do aumento ao desmatamento no entorno das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, e da usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.
Segundo ele, as hidrelétricas atraem migrantes e valorizam as terras onde são implantadas. Sem fiscalização e punição eficientes, diz ele, moradores se sentem encorajados a desmatar áreas públicas para tentar vendê-las informalmente.
No caso de Belo Monte, Barreto afirma que o desmatamento em torno da usina seria menor se o governo tivesse seguido a recomendação do relatório de impacto ambiental da obra para criar 15 mil km² de Unidades de Conservação na região.
Uma pesquisa do Imazon, da qual Barreto é coautor, estima que o desmatamento indireto causado pela hidrelétrica Belo Monte atingirá 5.100 km² em 20 anos, dez vezes o tamanho da área a ser alagada pela barragem.
Na bacia do Tapajós (PA), onde o governo pretende erguer uma série de usinas, ele diz a área desmatada indiretamente chegará a 11 mil km².