Donnerstag, 7. März 2013

Indigene lehnen R$ 4,5 Mio-Förderung im Kampf gegen Belo Monte ab

Die Vertreter von 26 indigenen Gemeinschaften vom Volk der Kayapó hatten während einer Versammlung am 4. und 5. März in Tucumã-Pará die finanziellen Angebote des brasilianischen Stromproduzenten Eletrobras diskutiert. Sie leben ca. 500 km oberhalb des Staudamms Belo Monte am Xingu-Fluss und sind momentan nicht direkt davon betroffen.

Berechnungen ergaben, dass für das Kraftwerk Belo Monte zu wenig Wasser vorhanden und es nur wenige Monate im Jahr voll ausgelastet sein wird. Mit einer Produktion von 4.500 MW wird man und weit weg von der höchstmöglichen Jahresproduktion von 11.000 MW bleiben. Dazu wären stromaufwärts am Xingu weitere Staudämme notwendig.

Die Indigenen wollen jedoch weder Belo Monte noch weitere Staudämme. Um ihre Freiheit im Kampf gegen weitere Großprojekte am Xingu zu bewahren, lehnten sie die angebotenen Förderungen von Eletrobras für Umweltprojekte in der Höhe von ca. R$ 4,5 Millionen ab.

Xingu Vivo, 06 de março de 2013
Para fortalecer a luta contra Belo Monte, caciques kayapo recusam 4,5 milhões da Eletrobras
Lideranças de 26 comunidades mebengôkre/kayapó das terras indígenas Kayapó, Badjonkôre, Menkragnoti e Las Casas, no Pará, se reuniram nos dias 4 e 5 de março na cidade de Tucumã para discutir sobre as ofertas de recursos da Eletrobrás para o povo kayapó.
A luta do povo kayapó contra Belo Monte representa historicamente um dos maiores obstáculos à construção da usina. Entretanto, por estarem suas terras a 500 km a montante da usina, os kayapo não foram incluídos no Plano Basico Ambiental para mitigação de impactos da obra.
Se concluída, Belo Monte, que já é a obra mais cara do país (estimada em r$ 31 bilhões), precisará de novos barramentos à montante para justificar tamanho investimento, garantindo água a suas turbinas durante a estação seca. Entretanto, sempre que questionados pelos kayapó sobre os planos do governo de barramentos planejados para o Xingu, representantes do setor elétrico se ampararam na frágil resolução de no 05 do Conselho Nacional de Política Energética de 03 de setembro de 2009, que determina que o potencial hidroenergético a ser explorado no rio Xingu será somente aquele situado entre a sede urbana do município de Altamira e a sua foz. Mas sabemos que basta uma nova reunião deste conselho para que esta resolução seja alterada.