Mittwoch, 4. April 2012

Neuerliche Revolte beim Kraftwerksbau Jirau


Laut Angaben des Baukonsortiums Camargo Corrêa kam es am Dienstag (3.4.) früh am Morgen in den Unterkünften des Kraftwerks Jirau am Rio Madeira zu drei Vanalenakten, bei denen 36 Unterkunftseinheiten - ca. 30 % der Gesamtanlage - durch Brandlegung völlig zerstört wurden. Neun Personen wurden festgenommen. Die Regierung bezeichnete die Tat als "Banditentum" und drohte mit schwersten Strafen.
Die Betreiberfirma stellte daraufhin alle Arbeiten ein. Die 3.000 betroffenen Arbeiter wurden in Sportstätten der Hauptstadt Porto Velho überstellt. Viele Arbeiter waren über den Gewaltakt entsetzt und suchten private Unterkünfte auf. 
Die Sicherheitskräfte beim Kraftwerksbau wurden daraufhin nochmals verstärkt.

Seit 9. März wurde in Jirau für bessere Arbeitsbedingungen gestreikt. Der Brand geschah am Tag nach einer ersten Einigung der Arbeitervertreter mit dem Baukonsortium und der Bekanntgabe des vorläufigen Streikendes.
Vor einem Jahr war es auf den Baustellen des Kraftwerk Jirau bereits zu großen Revolten und Verwüstungen gekommen.

Estado de S.Paulo, 3.4.2012
Canteiro de Jirau é depredado e obras estão paralisadas
Foram registrados 3 atos de vandalismo com o incêndio e depredação de cerca de 30 unidades de alojamentos de trabalhadores
A Construtora Camargo Corrêa, contratada pelo consórcio de Jirau para construção das obras civis da usina hidrelétrica no Rio Madeira, em Rondônia, informou por meio de nota que na madrugada desta terça-feira, 3, atos de vandalismo foram praticados no canteiro de obras, com o incêndio e depredação de cerca de 30 unidades de alojamentos de trabalhadores, o que corresponde a cerca de 30% do total.

Diário da Amazônia, 04/04/2012
Ato de vandalismo paralisa obra da Hidrelétrica de Jirau
Na madrugada de segunda para terça-feira, trabalhadores da Usina Hidrelétrica (UHE) de Jirau, atearam fogo em 39 alojamentos na margem direita do canteiro de obras da UHE, além de saquearem uma farmácia e uma loja de conveniência na margem esquerda. Na manhã de terça, cerca de 3 mil trabalhadores foram retirados do local e encaminhados para alojamentos em Porto Velho e outras cidades de procedência.

Diário da Amazônia, 04/04/2012
Assustados com a violência, muitos trabalhadores optam por voltar para casa
Cerca de três mil trabalhadores da UHE de Jirau foram alojados ontem no Ginásio do Sesi em Porto Velho, onde foi feita uma triagem para ver quem gostaria de ir embora ou preferia continuar na obra. No ginásio, os trabalhadores receberam almoço, passaram por uma  consulta ambulatorial e depois foram encaminhados para hotéis da cidade, em grupos escoltados por policiais militares. De acordo com a assessoria da Camargo Corrêa, todas as pessoas que quiseram sair da obra foram transportadas até Porto Velho e todos os que quiserem voltar para o local de origem ganharão as passagens. Até ontem não se sabia ainda se estas passagens seriam de avião ou de ônibus. Também não havia viagens marcadas.

O Globo, 4.4.2012
Planalto diz que ação na usina de Jirau foi ‘banditismo’
Incêndio atingiu 36 alojamentos de trabalhadores na última terça-feira