Donnerstag, 29. März 2012

Belo Monte: Erstes Todesopfer und Generalstreik


Am Donnerstag (29.3.) traten an die 5.000 am Bau des Kraftwerks Belo Monte Beschäftigten in einen Streik, um vom Arbeitsgeber Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) bessere Arbeitsbedingungen und Verpflegung, höhere Löhne und einen Heimaturlaub schon nach 3 Monaten und nicht erst nach 6 zu erreichen.

Bereits am Mittwoch war auf der Baustelle Pimentel mit dem Streik begonnen worden, weil die seit langem gestellten Forderungen nicht erfüllt werden. Am selben Tag verunglückte der Holzfäller Orlando Rodrigues Lopes (34) tödlich. Bei Rodungen für den Bau des Kanals vom Xingu zum Stausee blieb ein Baum in der Krone eines anderen hängen und fiel auf Orlando. Der Unfall verstärkte die Unzufriedenheit der Arbeiter und erleichterte einen Generalstreik. Orlando wird kommende Woche in Altamira beigesetzt.

Die Arbeiter sind enttäuscht, immer wieder dieselben Forderungen stellen zu müssen, weil sich die Unternehmen nicht an die Vereinbarungen halten. Sie bloquieren die Straßenkreuzung von Altamira nach Vitoria do Xingu für Omnibusse und verhindern, dass Arbeiter, die in Vitória do Xingu untergebracht sind, zu den Baustellen transportiert werden.

Somit stehen derzeit drei große PAC-Projekte still. Seit drei Wochen streiken an die 30.000 Arbeiter bei den Kraftwerksbauten Jirau und Santo Antônio am Rio Madeira; sie stellen dieselben Forderungen. Das Kraftwerksprojekt Teles Pires wurde auf richterliche Anordnung eingestellt, weil die Installationslizenz unrechtmäßig ist.

Xingu Vivo, 29.3.2012
Após morte de trabalhador, greve geral paralisa obras de Belo Monte
Os cerca de cinco mil trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da terceira maior hidrelétrica do mundo, entraram em greve geral nesta quinta, 29. As reivindicações são aumento salarial, redução dos intervalos entre as baixadas (visita dos trabalhadores a suas famílias) de 6 pra 3 meses, o não-rebaixamento do pagamento e solução de problemas com a comida e água. A paralisação começou ontem no canteiro de obras do Sítio Pimental, após um acidente de trabalho que matou o operador de motosserra Orlando Rodrigues Lopes, de Altamira, e hoje se estendeu para os demais canteiros. A saída dos ônibus do perímetro urbano de Altamira para os canteiros de obra, em Vitória do Xingu, foram bloqueadas.

O Globo, 29.3.2012
Operários de Belo Monte entram em greve e um trabalhador morre
O movimento de greve nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, iniciado na manhã de quarta-feira foi agravado pela morte, na parte da tade, o operário Francisco Orlando Rodrigues Lopes, 34 anos, no canteiro de canais e diques. As circunstâncias da morte de Lopes — funcionário de uma empresa subcontratada, a Dandolini e Peper, responsável pela terraplanagem e supressão de vegetação nas obras da hidrelétrica — ainda estão sendo investigadas. Funcionários que presenciaram o acidente, afirmam, no entanto, que Lopes operava uma motosserra e que a árvore cortada por ele estava presa a copa de uma outra por cipós e que essa segunda teria caído sobre o operário.

Outras três grandes obras de usinas hidrelétricas estão paradas: a de Jirau e a de Santo Antônio, no Rio Madeira, e de Teles Pires, no Mato Grosso. O consórcio Energia Sustentável do Brasil informou esta semana que a continuidade da paralisação das obras em Jirau pode levar ao adiamento do início da operação da hidrelétrica de 31 de janeiro de 2013 para o segundo semestre do ano que vem. Em Santo Antônio a greve já dura mais de uma semana. O Tribunal Regional do Trabalho de Rondônia considerou as duas greves ilegais e autorizou às empresas a suspender o pagamento pelos dias parados. Já as obras de Teles Pires foram paralisadas esta semana por decisão da Justiça Federal no Mato Grosso que declarou inválida a licença de instalação da hidrelétrica, que está sendo construída no rio Teles Pires, na divisa entre Pará e Mato Grosso.

Globo-TV
Operário morre ao ser atingido por tronco na Usina de Belo Monte